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sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

Caminho do Xisto da Benfeita (Arganil)

Saímos do centro da aldeia já com a ideia de que iria ser um percurso memorável devido a toda a paisagem que envolve a aldeia. Não se chama caminho de xisto por acaso, de facto o pavimento xistoso, sempre acompanhado de linhas de água, proporciona um excelente piso para caminhar. Embrenhamo-nos por entre os inúmeros campos lavrados e hortas ladeados por estes caminhos e muito em breve estávamos a subir pelas encostas da serra do Açor e a entrar na magnífica Mata da Margaraça.


 
A Mata da Margaraça está classificada como Reserva Natural da Rede Nacional de Áreas Protegidas e Reserva Biogenética do Conselho da Europa, constituindo uma relíquia da cobertura florestal da região.” – E eu não poderia estar mais de acordo, uma relíquia que importa acima de tudo conservar. A riqueza desta floresta, tanto a nível biológico como paisagístico faz-nos aliviar o  cansaço de tanta subida e recompensa o nosso esforço com momentos memoráveis de insubstituível beleza. Destaco as fabulosas cascatas e quedas de água que se multiplicam por entre o arvoredo e fazem lembrar um ambiente quase tropical e único.


Das cascatas que visitamos é de destacar a Fraga da Pena, que é extremamente bonita e refrescante. “Num recanto de xisto e de vegetação muito própria, em plena Mata da Margaraça, a Fraga da Pena revela-se ao visitante por entre uma paisagem luxuriante. A imponente queda de água jorra frescura do alto dos seus 70 metros de altura.” – Só mesmo visto, as palavras não lhe fazem justiça de maneira alguma. Sem dúvida um dos melhores percursos pedestres que já fiz e que recomendo a todas as pessoas que amam a natureza que o façam .... e às outras também .E  já agora se tiver um dia bem quentinho, levem um calçãozinho na mochila...depois perceberão porquê....Boas caminhadas!!!!!
 

 
 
 
 
 
  • Tipo de Percurso:
    Pedestre PR (circular)
  • Ponto de Partida:
    Largo do Ameal, Benfeita
  • Ponto de Chegada:
    Largo do Ameal, Benfeita
  • Distância:
    10 Km
  • Desníveis:
    576 m
  • Altitude Máxima:
    598 m
  • Altitude Mínima:
    299 m
  • Grau de Dificuldade:
    3 - algo difícil
  • Época:
    Todo o ano, aconselhando-se alguma precaução no Inverno e em dias de chuva, podendo o piso tornar-se escorregadio.

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    sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

    Percurso Pedestre Fórnea - Alcaria(Serra de Aire e Candeeiros)

    Um estranho fenómeno geológico dá a ilusão de ser um anfiteatro natural. A Fórnea assemelha-se a um enorme abatimento da crosta terrestre começando em Chão das Pias e descendo até Alcaria.
    Porque os solos da Serra de Aire e Candeeiros são ocos e apresentam vácuos, puderam dar origem às grutas, mas também a este local: uma depressão de milhões de anos rodeada de cursos de água.







    Na zona da várzea existe um vale de oliveiras, enquanto que no espaço envolvente se encontram duas cascatas, e duas nascentes. A zona do semi-circulo é envolvida pela Serra de Ladeiras, Pena de Águia e Cabeço Raposeiro. As erosões provocadas pelas chuvas e pelas águas nascentes criaram um cenário natural impressionante. No interior da Fórnea encontra-se a Cova da Velha, uma cavidade com uma nascente que alimenta o Ribeiro da Fórnea.




    Cova da Velha


    Flora: matos baixos compostos por roselhas, alecrins e pilriteiros. Existem também algumas figueiras, loureiros e medronheiros. Podem, também, ser encontrados exemplares de uma árvore rara em Portugal: a zelha. Em termos de plantas aromáticas, pode encontrar-se o poejo.
    Fauna: pelas suas características, a Fórnea permite a existência de uma grande variedade de habitats levando a que existam diferentes espécies de fauna: répteis - cobra-de-escada, cobra-de-ferradura, sardão e lagartiza-do-mato; aves - peneireiro-de-dorso-malhado, águia-cobreira, águia-de-asa-redonda, cartaxo, tentilhão-comum, toutinegra-real, verdilhão, milheiriça, perdiz, rola, escrevedeira-de-garganta-preta; mamíferos - raposa, doninha, texugo e ouriço-cacheiro.

    Pontos de Interesse:

    Ribeira da Fórnea: ribeira temporária alimentada pelas águas que provêm da Fórnea. Contém água em quantidade considerável no Inverno e seca no Verão.
    Conglomerados: situam-se no leito da Ribeira. Grandes blocos calcários de cor esbranquiçada constituídos por fragmentos de rocha, mais ou menos arredondados.
    Cascata/cascalheiras: depósitos de crioclastos e escombreiras. Típicos do clima frio, são vestígios do gelo aqui presente noutras eras.
    Fórnea: anfiteatro natural com 500 metros de diâmetro e 250 metros de altura.
    Cova da Velha: Cavidade penetrável localizada na Fórnea, onde existe uma nascente que alimenta a Ribeira da Fórnea.

    Tipo de percurso: pedestre, linear
    Extensão aproximada: 1 Km
    Duração aproximada: 1 Hora
    Ponto de partida: junto ao Café da Bica - Alcaria
    Ponto de chegada: junto ao Café da Bica - Alcaria
    Tipo de piso: caminho de pé posto
    Grau de dificuldade: baixo






    quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

    Trilho da Berlenga

    Berlengas é o nome do arquipélago que é constituído por três ilhas, a maior das quais se chama Berlenga. É esta ilha maior - a única habitada - que se pode visitar, havendo várias companhias que fazem a ligação de barco a partir do porto de Peniche. Por ser uma Reserva Natural, só 350 pessoas a podem visitar por dia, de Maio a Setembro.




    A pé pela Berlenga
    Por se tratar de uma Reserva Natural, aqui não há ruas nem carros, apenas trilhos marcados para as pessoas caminharem, nomeadamente: o Trilho da Berlenga e o Trilho Ilha Velha, ambos com 1 km de extensão e duração aproximada de 1 hora.
     Primeiro, até ao Bairro dos Pescadores, que foi construído em 1941 para albergar a comunidade piscatória instalada na ilha, hoje composto por cerca de 30 casas. É aqui que fica o único café/restaurante, uma pensão, casas de banho e um mini-mercado.



    Continuemos então a subir. Um pouco depois do Bairro dos Pescadores, chega-se ao parque de campismo, o tal eleito o mais “cool” da Europa. A vista para o mar esverdeado é fantástica, mas há que estar preparado para uns contratempos se estiver a pensar acampar: primeiro, não há árvores; segundo, as tendas estão todas pinceladas de branco das gaivotas (convém levar proteções, já que lavá-las não deve ser nada fácil); terceiro, tem de se tomar banho com água salgada (conselho de campista amigo: pode-se colocar um garrafa de água doce ao sol e tomar um banho quentinho ao anoitecer); quarto, prepare-se para acordar com o barulho ensurdecedor de milhares de gaivotas (se tiver sentido de aventura, vai ver que até vai gostar e encontrará aí motivos para rir).


    Subindo um pouco mais, sempre acompanhados por muitas gaivotas, chega-se ao farol, o ponto mais elevado da Berlenga, o qual projeta um raio luminoso a cerca de 52 milhas de distância.
    Do farol, o trilho segue então mais plano, descendo depois acentuadamente (prepare-se para a subida!) até ao Forte de São João Baptista.





    Praia do Carreiro do Mosteiro 
    Terminada a caminhada, que tal ir dar um mergulho nesta pequena praia com águas transparentes? Aproveite, porque é a única na ilha.
     


     
    Algumas informações úteis:
     
    Transportes: Alojamento:
    • Parque de Campismo
    Reservas:
    - Na sede da Reserva Natural das Berlengas:
    Avenida Mariano Calado, 57
    2520-224 Peniche
    Tel: (351) 262787910

    - No posto de turismo de Peniche:
    Rua Alexandre Herculano
    2520-273 Peniche
    Tel: (351) 262789571
     
     



    Trilho das Terras de Granito (PR4 - Águeda(Macieira de Alcôba))

    O PR4 Trilho Terras de Granito é um percurso de pequena rota, por caminhos tradicionais, rurais e florestais, na Freguesia de Macieira de Alcôba, este percurso cruza-se em alguns pontos com o PR3. Ponto de partida Igreja Matriz de Macieira de Alcôba, o percurso tem uma distância de 8 km e um grau de dificuldade médio/baixo.




    É nas encostas da Serra do Caramulo que encontramos caminhos e trilhos esculpidos na pedra granítica... Atravessando as pitorescas aldeias de Macieira de Alcôba, da Urgueira e do Carvalho, que cada vez mais ganham uma nova vida, o percurso pedestre desvenda ainda o antigo lugar das Hortas Velhas perdido na encosta virada a sudoeste, bem como diversos moinhos que outrora moeram os cereais cultivados nas vertentes. Vestígios de casas e campos, de vidas e lendas que contam o duro quotidiano das gentes da serra são agora desvendados por este percurso.




     

    Partida e chegada: Macieira de Alcôba (Largo da Igreja de S. Martinho) ou Urgueira
    Âmbito: Ambiental, paisagístico, geológico, cultural e desportivo
    Tipo de percurso: de pequena rota, circular, por caminhos urbanos, rurais e florestais pedestres
    Distância: 8,5 km
    Duração prevista: 3/4 horas
    Grau de dificuldade: Médio/Elevado
    Época aconselhada: todo o ano
    Estado: Aberto




    Especificação do trilho

    pr4_-_trilho_terras_de_granito.pdf


    domingo, 9 de fevereiro de 2014

    Rota de Manhouce (PR1 - São Pedro do Sul)

    O ponto de partida deste percurso é o largo junto à escola primária de Manhouce. Daqui segue-se até ao lugar do Lageal até Malfeitoso. Neste troço atravessamos a Ribeira de Manhouce através de um passadiço em pedra.
    Chegamos ao Salgueiro por um caminho antigo, que percorre uma zona planáltica revestida de campos agrícolas em socalco, com gado bovino a pastar. Bondança é a povoação que nos aparece a seguir, com a sua reserva de azevinhos, partindo após, para a aldeia de Gestosinho, a caminho da Alagoa com o seu parque de merendas inserido num povoamento de bétulas e castanheiros.
    A partir daqui começa-se a descida até à Ribeira da Vessa, com a sua cascata e moinhos de água na margem esquerda, passando primeiro pela centenária Quinta das Uchas.





    Para usufruir dos encantos de Manhouce aconselha-se o percurso pela montanha onde o solo surge mesclado de floresta e rocha, cascatas, poços de água de um verde transparente e moinhos que decoram as margens das ribeiras.
    Os olhares mais atentos poderão observar durante o percurso, o javali, o coelho bravo, a águia de asa redonda, a poupa, o galo comum, entre outros.
    Quanto à flora do percurso, para além do azevinho, das bétulas, dos carvalhos e do pinheiro bravo é possível contemplar a vegetação característica da montanha como por exemplo a urze, a carqueja, a giesta, o tojo, bem como as espécies ligadas à agricultura, a oliveira e a videira.

     

     
     




    PR2 - Rota das Aldeias do Xisto da Lousã

    Este é um percurso que em grande parte evolui pelas encostas da serra da Lousã e faz a ligação entre o castelo da Lousã e a ermida da Nossa Senhora da Piedade com duas das mais emblemáticas aldeias de xisto desta região: o Talasnal e o Casal Novo.


     
    É igualmente uma viagem no tempo, pois ao fazê-lo repetimos os passos que os antigos habitantes destas aldeias serranas davam nos únicos acessos que tinham para descer à vila da Lousã.


    O percurso é enquadrado quase sempre por vegetação e relativamente protegido em todas as estações do ano.

    Devido aos desníveis, é um percurso com alguma exigência em termos físicos, no entanto possui uma variante (PR2.1) que permite encurtar o seu trajeto.

  • Tipo de Percurso:
    Pedestre PR (circular)
  • Ponto de Partida:
    Junto ao Castelo da Lousã
  • Ponto de Chegada:
    Junto ao Castelo da Lousã
  • Distância:
    6 Km
  • Desníveis:
    420 m
  • Altitude Máxima:
    574 m
  • Altitude Mínima:
    223 m
  • Grau de Dificuldade:
    2 - fácil(dizem eles)
  • Época:
    Todo o ano. Atenção ao calor no Verão e ao piso escorregadio no Inverno.
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